Carta de Paulo Freire aos Professores

Ensinar, aprender: leitura do mundo, leitura da palavra

O que mais me chamou a atenção e é interessante quando ele escreve que não existe ensinar sem aprender e que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina aprende de um lado, porque reconhece um conhecimento antes aprendido e, de outro, porque, observado a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinando-se, sem o que não o aprende, o ensinante se ajuda a descobrir incertezas, acertos, equívocos.
A responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente e esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem processos permanente. Sua experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua prática.